sábado, agosto 18, 2007

Memória

Foto por The Jude

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Tudo se consumindo e tudo intacto. As chamas da pior guerra, as chagas da peste mais severa. Tudo arruinando, embora tudo esteja protegido das sombrias cinzas da ruína. Tudo em cinzas, embora tudo esteja preservado na sua jovialidade mais sólida. Eis a memória, este museu de textura rígida, este baú inviolável.

* * * *

8 comentários:

Anônimo disse...

A memória precisa ser preservada através de exercícios, como qualquer outra parte de cada um de nós e isso não garante que ela nos acompanhe até o final.

Natália Nunes disse...

Gostei, Alysson!

Ótima descrição lírica sobre a hipocrisia.

:D

Carolina Mansur disse...

Tudo se consumindo.. rápido demais.
Fantástico.

Voltei a postar.
Carolina Mansur

Dos dois lados do Equador disse...

Ou, como diria o Koelet: tudo é vaidade.
Bjão,
Vando

Felipe Fanuel disse...

O nome disso é baú. Afinal, o que mais poderia ser a memória?

Janete Cardoso disse...

Acho que cada um tem um baú desses, onde guardamos nossas lembranças, mas é ilusão achar que ficarão intactas... afinal, o tempo é corrosivo ( sempre lembro dessa sua poesia). Lembrei disso, quando publiquei meu post atual.
beijos

Maya Felix disse...

Oi, Alysson,

Gostei muiuto da música, é do filme Le fabuleux destin d'Amélie Poulain? Já vi esse filme algumas vezes, mas não consegui associar.

Um abraço!

Mayalu

Alysson Amorim disse...

Maya,

Não existiu a tentativa consciente de associar.

Bjs.