quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Três metas

1. Compreender a travessia na sua inegociável bruteza, sem doses cavalares de entorpecentes fantásticos, embora nunca totalmente isento deles.

2. Aceitar o corpo na sua tendência inexorável ao definhamento, naquela sua empreitada fausta de comportar por um tempo parco a chama inextinguível da vida eterna. Débeis cristais, mas conscientes da honra que é abraçar por uma eternidade efêmera o líquido imaculado e perene.

3. Sentir toda aspereza que envolve o tecido da realidade, e ainda assim ser capaz de contar uma piada.

* * * *

3 comentários:

Lou H. Mello disse...

A terceira meta será a mais difícil.

Felipe Fanuel disse...

Tomo, permita-me, como minhas metas também.

Cara,
Sei que to meio sumido. Mas é um prazer ler vc aqui.

Fica na paz.

Bárbara disse...

Também acho que a terceira seja a mais difícil de suas metas, principalmente para as pessoas que sentem esta aspereza de forma mais intensa como a fome, a miséria, a injustiça...

Beijos

(coloquei um link da sua página na minha,
agora fica mais fácil vir aqui!)