As recentes alertas do Brabo, fulcradas em Michel Foucault e Ivan Illich, merecem a melhor atenção dos nossos ouvidos: a Igreja, depois de um tempo, apodrecida pelo processo de institucionalização, torna-se contraproducente, de uma "contraprodutividade paradoxal", no dizer de Illich, porquanto não almejada pelos seus idealizadores.
De uma comunidade saudável, onde há espaço garantido para afirmação da personalidade e vazão da criatividade, é levada ao ponto antípoda de seu projeto inicial, vendo atrofiada sua vocação de espaço emancipador e hipertrofiada as relações de poder que negam o sujeito, objetivando-o.
A graça é assassinada em nome da instituição: a confiança é depositada no objetivo, no quantitativo e na uniformidade, no que resulta a morte da personalidade e a mecanização do homem, no que resulta também na postura frequente de negação da arte na liturgia, ou da redução desta ao utilitário - kitsch. A arte situa-se na esfera da subjetividade, da autonomia, do simbólico, da espontaneidade, das transformações internas, em suma, na esfera da Graça. Quando é negada ou manipulada denuncia a presença dominadora da técnica que escraviza o homem. Eis a crítica situação da Igreja.
Suspeito que as pedras estão clamando ao som do samba que come solto no bar da Esquina: enquanto isso a comunidade pia se reúne para traçar as estratégias que salvarão o mundo, que salvarão estes sambistas inveterados.
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De uma comunidade saudável, onde há espaço garantido para afirmação da personalidade e vazão da criatividade, é levada ao ponto antípoda de seu projeto inicial, vendo atrofiada sua vocação de espaço emancipador e hipertrofiada as relações de poder que negam o sujeito, objetivando-o.
A graça é assassinada em nome da instituição: a confiança é depositada no objetivo, no quantitativo e na uniformidade, no que resulta a morte da personalidade e a mecanização do homem, no que resulta também na postura frequente de negação da arte na liturgia, ou da redução desta ao utilitário - kitsch. A arte situa-se na esfera da subjetividade, da autonomia, do simbólico, da espontaneidade, das transformações internas, em suma, na esfera da Graça. Quando é negada ou manipulada denuncia a presença dominadora da técnica que escraviza o homem. Eis a crítica situação da Igreja.
Suspeito que as pedras estão clamando ao som do samba que come solto no bar da Esquina: enquanto isso a comunidade pia se reúne para traçar as estratégias que salvarão o mundo, que salvarão estes sambistas inveterados.
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6 comentários:
Oi Alysson,
este texto merecia ser repetido no cidadania crista!
Você coloca ele lá pra gente ou eu?
abraços,
Rogério
Rogério,
Desconheço o processo para publicar o texto lá: aproveite para me explicar.
Abração.
Oi amigo,
odeio cometer erros assim...
Acabamos de enviar-lhe uma senha para o seu E-mail da yahoo. Caso tenha algum problema pode entrar em contato comigo pelo rogertanja@hotmail.com.
Desculpe-nos...
Aguardamos suas preciosas palavras.
Beijos nossos
PS: Você tem também um excelente gosto musical, parabéns pela seleção sonora do seu Blog.
Melhor para as pedras!
Abs.
Oi Alyson,
se vc recebeu a senha ou o link para logar no Blog, siga os passos:
1) clic em "Eintrag erstellen"
2) Depois vc poderá colocar Titel, Text, Bild (foto) ou vídeos
3) Depois click "Abschicken"
Pronto.
Eu sei é complicadinho...
No "Tipps anzeigen" você verá como se faz negrito, cursivo ou um Link.
Acho que é isso.
Abraços,
Roger
PS: Peguei na biblioteca o Fausto de Goethe, e já tem uma semana que ele está aqui em minha estante olhando pra mim, e eu desviando o olhar.
Oi Alyson,
que bom ter você lá com a gente!
Esse texto é fenomenalmente inspirado. Se não fosse o perigo de também começar a objetivá-lo começaria a analisar parágrafo por parágrafo. Mas com certeza isso roubaria a maneira tão artíscia e pessoal que você retrata toda esta temática.
PS: Quanto ao Fausto meu sonho é que possa ler pelo menos um capítulo antes do empréstimo vencer! Aliás foi seu Post sobre o outro livro de Goethe que me animou a tomar agora esta atitude.
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