terça-feira, maio 29, 2007

Deus telúrico

Nada mais impressionante que o evento da encarnação. Deus atirado no desamparo que afoga os olhos recém-nascidos. Aquele que outrora brincava entre as galáxias, que bebia o néctar dos brilhos estrelares, reduzido a um corpo frágil, consolado apenas pelo calor de braços humanos.

Êxodo em busca do homem. Desamparado para salvar os desamparados. Rastejando para erguer os pobres bípedes rastejadores.

Me fascina a figura do Deus telúrico, enraizado entre os miseráveis, sentindo o gosto salgado daquele líquido demasiado humano.

* * * *

5 comentários:

Janete Cardoso disse...

Amor tão incondicional, que nem consigo assimilar...
Deus se igualou à condição humana, sabendo que iríamos assassiná-lo! Raça humana? Raça de víboras!
Ainda estou sob os efeitos do post anterior...
Beijos, Alysson!

Anônimo disse...

A mim fascina, igualmente, o Deus telúrico desamparado para salvar os desamparados. Não foi carne e sangue quem te revelou semelhante verdade.
Agradeço a coragem de avançar um passo e deixar seu comentário lá na Gruta. Não conhecer seu Blog, ainda, foi uma falha minha imperdoável. Tentarei recuperar o terreno perdido. Grande abraço

Felipe Fanuel disse...

Ô, meu Amigo.
Infelizmente o frio de Rio-São Paulo hibernaram meu blog. rsrsrs
Vou ver se posto algo lá agora de madrugada. Fiquei fora do ar e só depois de uma semana parei para ler quase 50 e-mails. aiai Vida virtual!

Ah, a encarnação mais clara que conheço é a secularização. É o próprio Deus aniquilando (na linguagem de Paulo) a si mesmo para dar luz a um novo mundo.

Felipe Fanuel disse...

Ihhhh

Esqueci do abraço. De novo? hahaha

Anderson Moraes disse...

Não só me fascina, deixa-me embasbacado.