As delícias do reino vizinho serão sempre delícias de um inacessível reino vizinho, por mais que você corra. É a tortura da pobre Madame Bovary de Flaubert:
Quanto mais próximas lhe ficavam as coisas, mais o seu pensamento se afastava delas. Tudo o que a rodeava de perto, os campos enfadonhos, os burguesinhos imbecis, a mediocridade da existência, parecia-lhe uma exceção no mundo, um caso particular em que se achava envolvida, ao passo que para além se estendia, a perder de vista, o imenso país da felicidade e das paixões. Confundia, no desejo, a sensualidade do luxo com as alegrias do coração, a elegância dos hábitos com a delicadeza dos sentimentos. Acaso não necessita o amor, como certas plantas, terreno preparado, temperatura especial?
* * * *
Quanto mais próximas lhe ficavam as coisas, mais o seu pensamento se afastava delas. Tudo o que a rodeava de perto, os campos enfadonhos, os burguesinhos imbecis, a mediocridade da existência, parecia-lhe uma exceção no mundo, um caso particular em que se achava envolvida, ao passo que para além se estendia, a perder de vista, o imenso país da felicidade e das paixões. Confundia, no desejo, a sensualidade do luxo com as alegrias do coração, a elegância dos hábitos com a delicadeza dos sentimentos. Acaso não necessita o amor, como certas plantas, terreno preparado, temperatura especial?
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3 comentários:
Oi Alysson
Não poderia deixar de passar pra te desejar felicidades e un Natal VIVO em seu coração!
beijos
:)
E como necessita!
Feliz natal!!!
Cara,
Depois de um típico apagão de fim de ano, aqui estou de volta. Essa citação tem muito daquele adágio, parafraseado por vc na introdução, de que "a grama do vizinho é sempre mais verde".
Quero agradecer pelos votos de feliz Natal. Meu desejo é que não falte para vc e sua família momentos de esperança no romper de 2008.
Forte abraço.
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