quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Lágrimas maternas

A quintessência da dor, que são as lágrimas maternas pelo filho perdido, vão sendo convertidas pela imprensa em diversos espetáculos pirotécnicos, vão inflando os bolsos largos dos donos do microfone, vão alimentando desde já as urnas de hienas oportunistas, vão juntando os cacos de instituições desmoralizadas, vão inflando a intolerância dos “homens de bem”...

Como se tornam poderosas estas gotas de sangue transparente quando manipuladas pelos químicos deste laboratório chamado Brasil...

* * * *

3 comentários:

Felipe Fanuel disse...

Cara,
Vc foi capaz de falar tudo em poucas linhas. Estou cansado desta discussão no Brasil. Chega um ponto que a mídia está cosinhando o negócio de tal maneira que concluimos que esse será mais um caso escabroso no país que vai se estagnar no campo dos discursos. Cada vez que falam deste assunto, estão matando o menino de novo. Eles misturam a discussão sobre justiça com a causa social do problema. Aí fica este debate besta que não vai levar a lugar algum.

É hora de se pensar em justiça, mas depois que a poeira abaixar, é importante conversar sobre o que leva alguém a ser assim. Veremos o quanto todos nós somos responsáveis pelo surgimento de pessoas tão más e cruéis. Chega de hipocrisia! Todos somos tão maus e tão cruéis quanto aqueles garotos. Eles agiram assim porque são os monstros que nós mesmos criamos. São reflexos de nossas ações.

Excelente postagem!

Tamara Queiroz disse...

Isto é um assunto triste por demais (e tudo o que o envolve!).

Não gostaria de sentir nem uma fisgada da dor que os pais/irmã sentem.

......
Sim, sim, como o Fanuel escreveu:

Excelente postagem.

Bravo! Bravíssimo (como eu grito em apresentações)!

B-joletas.

Alysson Amorim disse...

Grande Felipe

É isso mesmo cara. Somos responsáveis pelo surgimento destes criminosos. Não podemos ignorar a história. Há muito temos alimentado estes leões em nosso quintal, com a ração da indiferença. Agora, quando eles invadem famintos a Casa Grande, queremos cravar-lhes uma bala na cabeça.

Obrigado pelo comentário.

Tamara

Sim. Uma simples fisgada desta dor materna tem tanta energia quanto uma bomba atômica. É muito triste o ponto em que chegamos.

Agradeço o carinho. =)

B-joletas.