quarta-feira, outubro 18, 2006

Consolo

Descobri noite passada, pela boca do silêncio, que no peito trago mais do que despeito. Pulso. E as lágrimas da criancinha que labuta entre as rodas motorizadas, ao invés de sorrir entre as rodas de ciranda, surgem em meus olhos míopes. As lágrimas ocultas do pai sem emprego, escorrem em minha face. As lágrimas sem ombro do encarcerado, pousam em meu travesseiro.

Descobri noite passada, que mais do que despeito, trago no peito palpitações. É a vida que permanece correndo em minhas impuras veias urbanas, o amor que não se cala, a marcha da revolução, em seus passos que resultam inúteis, mas que ainda assim nunca se entregam. Palpitações que são a voz de Deus a responder minhas orações, a dizer serenas: bem aventurados os que choram porque serão consolados.

2 comentários:

Anônimo disse...
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Mariangela disse...

Aeeeeeeee.. sobrinhooo!

Vc escreve beeeem, gostei ^^

Agora só falta tirar a poeira e atualizar \o/ heuashuehasuea..

Um posto de parada a mais no meu tour de blogs, com certeza ;)

Bjooooooo :*